Levantamento que coloca Marconi Perillo à frente na disputa pelo governo estadual é alvo de críticas por recorte metodológico e possível alinhamento a interesses do próprio ex-governador
Foto: Pedro Santos.
A divulgação de uma pesquisa recente que aponta o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na liderança das intenções de voto para o Governo de Goiás em 2026 tem gerado questionamentos nos bastidores da política goiana. Analistas e observadores avaliam que o levantamento foi apresentado fora de contexto e pode atender a interesses políticos do próprio ex-chefe do Executivo estadual, que governou Goiás por quatro mandatos consecutivos.
De acordo com os dados divulgados, Marconi aparece com 33,05% das intenções de voto, à frente do atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), que soma 28,7%, e do senador Wilder Morais (PL), com 8,4%. No entanto, o mesmo estudo revela um dado que chama atenção: Marconi lidera também o índice de rejeição, alcançando 20,4%, percentual significativamente superior ao dos demais pré-candidatos.
Para o cientista político Marcos Paulo Lemos, o destaque dado apenas ao cenário de liderança eleitoral desconsidera elementos fundamentais para a correta interpretação da pesquisa.
"Marconi Perillo já governou Goiás por cerca de 20 anos. É natural que isso gere um alto grau de rejeição. Quando uma pesquisa ignora esse contexto histórico e político, ela acaba oferecendo uma leitura distorcida da realidade", avalia.
Segundo Lemos, a elevada rejeição indica um desgaste acumulado ao longo dos anos, fator decisivo em qualquer disputa majoritária. "Não se pode analisar intenção de voto sem considerar o peso da rejeição. Esse é um indicador que, muitas vezes, define o resultado final de uma eleição", completa.
Outro ponto que reforça as críticas é o fato de o levantamento também mostrar um cenário favorável a aliados históricos de Marconi Perillo em outras disputas, o que levanta dúvidas sobre o recorte, o timing e os interesses por trás da divulgação dos números.
Especialistas defendem que pesquisas eleitorais devem ser analisadas com cautela, levando em conta não apenas os percentuais apresentados, mas também o contexto político, o histórico dos candidatos e a metodologia aplicada. Sem isso, os números podem servir mais como instrumento de narrativa política do que como um retrato fiel da opinião do eleitorado goiano.
A divulgação de uma pesquisa recente que aponta o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na liderança das intenções de voto para o Governo de Goiás em 2026 tem gerado questionamentos nos bastidores da política goiana. Analistas e observadores avaliam que o levantamento foi apresentado fora de contexto e pode atender a interesses políticos do próprio ex-chefe do Executivo estadual, que governou Goiás por quatro mandatos consecutivos.
De acordo com os dados divulgados, Marconi aparece com 33,05% das intenções de voto, à frente do atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), que soma 28,7%, e do senador Wilder Morais (PL), com 8,4%. No entanto, o mesmo estudo revela um dado que chama atenção: Marconi lidera também o índice de rejeição, alcançando 20,4%, percentual significativamente superior ao dos demais pré-candidatos.
Para o cientista político Marcos Paulo Lemos, o destaque dado apenas ao cenário de liderança eleitoral desconsidera elementos fundamentais para a correta interpretação da pesquisa.
"Marconi Perillo já governou Goiás por cerca de 20 anos. É natural que isso gere um alto grau de rejeição. Quando uma pesquisa ignora esse contexto histórico e político, ela acaba oferecendo uma leitura distorcida da realidade", avalia.
Segundo Lemos, a elevada rejeição indica um desgaste acumulado ao longo dos anos, fator decisivo em qualquer disputa majoritária. "Não se pode analisar intenção de voto sem considerar o peso da rejeição. Esse é um indicador que, muitas vezes, define o resultado final de uma eleição", completa.
Outro ponto que reforça as críticas é o fato de o levantamento também mostrar um cenário favorável a aliados históricos de Marconi Perillo em outras disputas, o que levanta dúvidas sobre o recorte, o timing e os interesses por trás da divulgação dos números.
Especialistas defendem que pesquisas eleitorais devem ser analisadas com cautela, levando em conta não apenas os percentuais apresentados, mas também o contexto político, o histórico dos candidatos e a metodologia aplicada. Sem isso, os números podem servir mais como instrumento de narrativa política do que como um retrato fiel da opinião do eleitorado goiano.





